LIVRO: O Alienista
AUTOR: Machado
de Assis
EDITORA: Skeelo
DATA DE PUBLICAÇÃO DA EDIÇÃO: 2021
O
Alienista, obra do renomado autor brasileiro Machado de Assis, é um conto
satírico que explora questões de poder, razão e loucura. Publicado
originalmente em 1882, o livro apresenta uma narrativa envolvente e perspicaz,
além de uma análise crítica da sociedade e de suas normas.
A
trama se desenrola na cidade fictícia de Itaguaí, onde o Dr. Simão Bacamarte,
um médico renomado, decide estabelecer um hospício chamado Casa Verde. O foco
do hospício é identificar e tratar doenças mentais, mas com o tempo, Bacamarte
começa a considerar uma gama cada vez maior de comportamentos como sinais de
insanidade. Isso leva à internação de grande parte da população, gerando caos e
descontentamento.
Ao
longo da narrativa, Machado de Assis lança mão de um humor irônico e mordaz
para satirizar a busca excessiva por conhecimento e a arrogância intelectual. O
Dr. Bacamarte, com seu zelo científico, acaba subvertendo o próprio propósito
de seu hospício, questionando a validade de seu diagnóstico e minando sua
credibilidade. A história também aborda a manipulação das definições de
normalidade e loucura para atender aos interesses do protagonista.
Através
da personagem de Simão Bacamarte, Machado de Assis questiona as fronteiras
entre a sanidade e a insanidade, e levanta debates sobre a subjetividade do
diagnóstico psiquiátrico. O autor utiliza a sátira para criticar a pretensão
humana de classificar e controlar a complexidade da mente.
O
Alienista também apresenta uma análise mordaz da sociedade e de suas
instituições, incluindo a Igreja e a política local. Através das reações da
população à atuação do Dr. Bacamarte, Machado de Assis revela a natureza
volúvel da opinião pública e a tendência de seguir líderes com autoridade,
mesmo quando suas ações são questionáveis.
Em
resumo, O Alienista é uma obra magistral que oferece uma visão crítica e
satírica da sociedade, da ciência e da busca pelo conhecimento. Com seu estilo
característico, Machado de Assis constrói uma narrativa que continua a ser
relevante para refletir sobre os excessos de poder, a fragilidade da razão e a
maneira como a sociedade lida com a diversidade humana.
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